REPORTÓRIO

O Grupo Infantil de Danças e Cantares da A.D.R.Gandra, representa exclusivamente o folclore da sua região, o Douro Litoral e, muito especialmente o da região Maiata onde, em termos culturais, se encontra inserido.

Fazem parte do seu reportório, um total de 28 danças e cantares, graças ao seu ensaiador, o Senhor Israel Ferreira, detentor de uma experiência de mais de 50 anos ao serviço do folclore.

Em 1991,  dado a  insuficiência de meios financeiros para gravação de um disco, optou-se pela gravação de uma cassete, nos Estudios Horizonte, a qual inclui doze cantigas.






PARA OUVIR AS MÚSICAS DA GRAVAÇÃO

CLIQUE SOBRE AS IMAGENS.





 VIRA CRUZADO



Ele » Eu quero dançar o vira
Côro » Eu quero dançar o vira

Ele » Ai na praia à beira do mar
Côro » Ai na praia à beira do mar


Ele » O meu coração suspira
Côro » O meu coração suspira

Ele » Ai ao ver as moças bailar
Côro » Ai ao ver as moças bailar

Ela » Meninas dançai o vira
Côro » Meninas dançai o vira

Ela » Ai que este virinha não finde
Côro » Ai que este virinha não finde

Ela » Este virinha cruzado
Côro » Este virinha cruzado

Ela » Ai é o vira de Ermesinde
Côro » Ai é o vira de Ermesinde.

Por razões óbvias, na gravação foram incluídos apenas dois versos.
Todavia outros,  como os que se seguem, também eram cantados:

Ele » Moças em roda formai
Côro » Moças em roda formai

Ele » Ai vamos dançar a preceito
Côro » Ai vamos dançar a preceito

Ele » O lindo vira dançai
Côro » O lindo vira dançai

Ele » Ai marcai a roda com jeito
Côro » Ai marcai a roda com jeito

Ela » O vira sendo certinho
Côro » O vira sendo certinho

Ela » Ai vibra mais o instrumento
Côro » Ai vibra mais o instrumento

Ela » É como as asas do moinho
Côro » É como as asas do moinho

Ela » Ai virando ao sopro do vento
Côro » Ai virando ao sopro do vento

Ele » Meninas dançai o vira
Côro » Meninas dançai o vira

Ele » Ai fazei girar bem a saia
Côro » Ai fazei girar bem a saia

Ele » Esta modinha do vira
Côro » Esta modinha do vira

Ele » Ai é o lindo vira da Maia
Côro » Ai é o lindo vira da Maia




MARGARIDA MOLEIRA


Ele » Ó Margarida moleira
Dá-me da tua farinha.

Côro » Ó Margarida moleira
Dá-me da tua farinha.


Ele » Ai Ai Ai
Que a quero peneirar
Ai Ai Ai
Com a nova peneirinha.

Côro » Ai Ai Ai
Que a quero peneirar
Ai Ai Ai
Com a nova peneirinha.

Ele » Ó Margarida moleira
Qu'é do teu lenço bordado.

Côro » Ó Margarida moleira
Qu'é do teu lenço bordado.

Ela » Ai Ai Ai
Que tens tu a ver com isso
Ai Ai Ai
Dei-o ao meu namorado.

Côro » Ai Ai Ai
Que tens tu a ver com isso
Ai Ai Ai
Dei-o ao meu namorado.

Ele » Ó Margarida moleira
Qu'é da cruz do teu cordão.

Côro » Ó Margarida moleira
Qu'é da cruz do teu cordão.

Ela » Ai ai ai
Perdi-a na romaria
Ai Ai Ai
Na noite de S. João.

Côro » Ai ai ai
Perdi-a na romaria
Ai Ai Ai
Na noite de S. João.

Ele » Ó Margarida moleira
Qu'é da tua vassourinha.

Côro » Ó Margarida moleira
Qu'é da tua vassourinha.

Ela » Ai Ai Ai
Quando fui varrer o moinho
Ai Ai Ai
Deixei-a lá guardadinha.

Côro » Ai Ai Ai
Quando fui varrer o moinho
Ai Ai Ai
Deixei-a lá guardadinha.

Ele » Ó Margarida moleira
Onde tens o teu moinho.

Côro » Ó Margarida moleira
Onde tens o teu moinho.

Ela » Ai Ai Ai
Debaixo da era verde
Ai Ai Ai
À beira do ribeirinho.

Côro » Ai Ai Ai
Debaixo da era verde
Ai Ai Ai
À beira do ribeirinho.



VIRA MAIATO

Ele » Onde vais tão apressada
Cara amuada, esquece o atraso
Nem pareces moça nova
Vês uma roda e nem fazes caso.


Ela » Sou lavadeira da Maia
Molhei a saia e vou-me mudar
Mas já que pensas assim
Vira-te pr'a mim e vamos bailar.

Côro » Cachopa maiata que Deus te proteja
E a ti que te livre do mal da inveja
Olha a tua saia como te realça
Mas não de aproximes do vinco da calça.

- O côro repete este verso.

Ele » Se tu quiseres lavadeira
À tua maneira, com teu sabão
Lavar uma dor que trago
Ai de ti no meu coração.

Ela » A cantiga não aprova
Sou moça nova e, por isso amor
Ou corada ou por corar
Se a quiseres limpar mete-a em clor.

Côro » Cachopa maiata que Deus te proteja
E a ti que te livre do mal da inveja
Olha a tua saia como te realça
Mas não de aproximes do vinco da calça.

- O côro repete este verso.
- Depois só a musica .
- E o côro repete de novo para terminar.


CANA VERDE

Ele » A cana verde
A cana verde no mar
A cana verde no mar
Anda por onde ela quer.
Ó ió ai, anda por onde ela quer
É como rapaz solteiro
Enquanto não tem mulher.

Côro » Ó ió ai, enquanto não tem mulher
A cana verde no mar
Anda por onde ele quer.
Ó ió ai, anda por onde ela quer
É como rapaz solteiro
Enquanto não tem mulher.

Ela » Caninha verde
Ó minha caninha verde
Ó minha caninha verde
Verde  cana de encanar.
Ó ió ai,  verde cana de encanar
Morreram as velhas todas
Já não há quem talhe o ar.

Côro » Ó ió ai, já não há quem talhe o ar
Ó minha caninha verde
Verde cana de encanar.
Ó ió ai, verde cana de encanar
Morreram as velhas todas
Já não há quem talhe o ar.

Côro » Ó ió ai, já não há quem talhe o ar
Ó minha caninha verde
Verde cana de encanar.
Ó ió ai, verde cana de encanar
Morreram as velhas todas
Já não há quem talhe o ar.

Outros versos não gravados:

Ela » Caninha verde
Ó minha caninha verde
Ó minha caninha verde
Cana verde ó ió ai
Ó ió ai, cana verde ó ió ai
Sou filha duma viúva
Tão cedo fiquei sem pai.

Ele » A cana verde
A cana verde no mar
A cana verde no mar
Ela navega n' areia
Ó ió ai, ela navega n' areia
Quem tem a moça bonita
Ri-se de quem a tem feia.

Côro » Ò ió ai, ri-se de quem a tem feia
A cana verde no mar
Ela navega n'areia.
Ó ió ai, ela navega n' areia
Quem tem a moça bonita
Ri-se de quem a tem feia.



ARREGAÇA


Ele » Se fores ao rio lavar
Repara por onde vais
O regato leva água
Arregaça a saia mais.



Côro » Arregaça, pum pum, arregaça
Arregaça o teu vestido
Arregaça, pum pum, arregaça
As calças ao teu marido.
Arregaça, pum pum, arregaça
Arregaça o teu vestido
Arregaça, pum pum, arregaça
As calças ao teu marido.

Ela » Se eu for ao rio lavar
Fazerei por ter cautela
Para a água não molhar
A minha saia amarela.

Côro » Arregaça, pum pum, arregaça
Arregaça o teu vestido
Arregaça, pum pum, arregaça
As calças ao teu marido.
Arregaça, pum pum, arregaça
Arregaça o teu vestido
Arregaça, pum pum, arregaça
As calças ao teu marido.

Outros versos não gravados:

Ele » Ao passar o ribeirinho
Água sobe e água desce
Dei a mão ao meu amor
Não quis que ninguém soubesse.

Côro » Arregaça, pum pum, arregaça
Arregaça o teu vestido
Arregaça, pum pum, arregaça
As calças ao teu marido.
Arregaça, pum pum, arregaça
Arregaça o teu vestido
Arregaça, pum pum, arregaça
As calças ao teu marido.

Ela » Ao passar o ribeirinho
Pus o pé molhei a meia
Não casei na minha terra
Fui casar em terra alheia.

Côro » Arregaça, pum pum, arregaça
Arregaça o teu vestido
Arregaça, pum pum, arregaça
As calças ao teu marido.
Arregaça, pum pum, arregaça
Arregaça o teu vestido
Arregaça, pum pum, arregaça
As calças ao teu marido.


VIRA VAREIRO



Vareiro
Meninas dançai o vira
Batei o pé no terreiro
Ai batei o pé no terreiro.


No terreiro
Mostrai que sabeis dançar
Este virinha vareiro
Ai este virinha vareiro.

Vareiro
Este virinha vareiro
É bonito bem dançado
Ai é bonito bem dançado.

Bem dançado
Este é o vira vareiro
Ou o vira valseado
Ai ou o vira valseado.

Outros versos não gravados:

Vareiro
Este virinha vareiro
É um vira bem português.
Ai é um vira bem português.

Português
Ainda agora me virei
Já me viro outra vez
Ai já me viro outra vez.

O vira
Meninas dançai o vira
E guardai o que vosso é
Ai e guardai o que vosso é.

Vosso é
As que não cantam nem dançam
Também lhe escorrega o pé
Ai também lhe escorrega o pé.



ZÉ MARIA



Ó ai esteja quedo
Não estou quedo não
Ó ai esteja quedo
Não me ponha a mão.


Não me ponha a mão
Não me ponho o pé
Ó ai esteja quedo
Ó senhor José.

Ó senhor José Maria
O seu nome é como o meu
Você é José Maria
Ai, Maria José sou eu.

Ó raparigas da Gandra
Abençoadas sejais
Sois as que levais o ramo
Ai, aonde quer que chegais.

Ermesinde terra linda
Só na Travagem começa
Tem de rastos a seus pés
Ai,  as margens do Rio Leça

Se eu soubesse cantar
Como sei fazer cantigas
Fazia chorar as pedras
Ai, quanto mais as raparigas.


MALHÃO ROUBADO

Rapazes e raparigas
Rapazes e raparigas
O malhão vai começar.
O malhão vai começar
Apareça a cantadeira
Para comigo cantar.


Aqui me tens cantador
Aqui me tens cantador
P'ra te ajudar a cantar.
P'ra te ajudar a cantar
Se tu me deres uma saia
Umas calças vais levar.

Se me ajudares a cantar
Se me ajudares a cantar
Eu vou-te dar um vestido.
Eu vou-te dar um vestido
Com sete metros de largo
E catorze de comprido.

Se tu me deres um vestido
Se tu me deres um vestido
Eu digo que és bom rapaz.
Eu digo que és bom rapaz
Também te dou umas calças
Mas rachadinhas por trás.

Boa noite(tarde) meus senhores
Boa noite(tarde) meus senhores
O malhão vai terminar.
O malhão vai terminar
Com uma cantadeira assim
Já vejo, não sei cantar.

Boa noite(tarde) meus senhores
Boa noite(tarde) meus senhores
Vai terminar o malhão.
Vai terminar o malhão
O cantador já fugiu
Leva as calcinhas na mão.


CARRASQUINHA

A moda da carrasquinha
Quem n'havia de inventar

A moda da carrasquinha
Quem n'havia de inventar

Foram  presos da cadeia
Estão à sombra tem vagar

Foram  presos da cadeia
Estão à sombra tem vagar.

Carrasquinha sacode a saia
Ó rapaz alevanta o braço

Carrasquinha sacode a saia
Ó rapaz alevanta o braço

Já que não me dás um beijo
Dá-me ao menos um abraço.
Já que não me dás um beijo
Dá-me ao menos um abraço.

A moda da carrasquinha
É uma moda excelente

A moda da carrasquinha
É uma moda excelente

Deita o joelho em terra
Dá vivas a toda a gente

Deita o joelho em terra
Dá vivas a toda a gente

Carrasquinha sacode a saia
Ó rapaz alevanta o braço

Carrasquinha sacode a saia
Ó rapaz alevanta o braço

Já que não me dás um beijo
Dá-me ao menos um abraço.

Já que não me dás um beijo
Dá-me ao menos um abraço.

Carrasquinha sacode a saia
Ó rapaz alevanta o braço

Carrasquinha sacode a saia
Ó rapaz alevanta o braço

Já que não me dás um beijo
Dá-me ao menos um abraço.

Já que não me dás um beijo
Dá-me ao menos um abraço.




Ó AI Ó MEU BEM


Água da fonte da Maia
É bem doce no beber
Quantos hão-de beber dela
E se hão-de arrepender.

Ó ai ó ai
Ó ai ó meu bem
Cadeira sem fundo
Assento não tem.

Ó ai ó ai
Ó ai ó meu bem
Sem ti a meu lado
Eu não sou ninguém.

Adeus Leça do Balio
Onde corre a água doce
Se soubesse o que sei hoje
Nunca a Balio eu fosse.

Ó ai ó ai
Ó ai ó meu bem
Cadeira sem fundo
Assento não tem.

Ó ai ó ai
Ó ai ó meu bem
Sem ti a meu lado
Eu não sou ninguém.

O diabo leve os homens
E a cabeça as formigas
Que me morderam os livros
Onde eu estudava as cantigas.

Ó ai ó ai
Ó ai ó meu bem
Cadeira sem fundo
Assento não tem.

Ó ai ó ai
Ó ai ó meu bem
Sem ti a meu lado
Eu não sou ninguém.

Tu trocaste-me por outro
Por outro tu me trocaste
Quero que agora me digas
Quanto com a troca ganhaste.

Ó ai ó ai
Ó ai ó meu bem
Cadeira sem fundo
Assento não tem.

Ó ai ó ai
Ó ai ó meu bem
Sem ti a meu lado
Eu não sou ninguém.

Ó ai ó ai
Ó ai ó meu bem
Cadeira sem fundo
Assento não tem.

Ó ai ó ai
Ó ai ó meu bem
Sem ti a meu lado
Eu não sou ninguém.





VAMOS SEGUINDO AVANTE


Ela » Debaixo da pedra nasce
Água gelada sem lodo.
Côro » Debaixo da pedra nasce
Água gelada sem lodo.

Ela » Eu não falo de ninguém
De mim fala o povo todo.

Côro » Eu não falo de ninguém
De mim fala o povo todo.

Elas » Vamos seguindo avante
Caminhos da nossa aldeia.
Vamos seguindo avante
Caminhos da nossa aldeia.
Mostrando as nossas rendas
E a nossa fininha meia.
Mostrando as nossas rendas
E a nossa fininha meia.

Eles » E nós os nossos calções
E os nossos pés delicados.
E nós os nossos calções
E os nossos pés delicados.
E os nossos corpos bem feitos
Por todos tão desejados.
E os nossos corpos bem feitos
Por todos tão desejados.

Ele » Debaixo da pedra nasce
O fogo que abrasa o lume.

Côro » Debaixo da pedra nasce
O fogo que abrasa o lume.

Ele » Quem tem herdeiros de amor
Paga a renda com ciúme.

Côro » Quem tem rendeiros de amor
Paga a renda com ciúme.

Elas » Vamos seguindo avante
Caminhos da nossa aldeia.
Vamos seguindo avante
Caminhos da nossa aldeia.
Mostrando as nossas rendas
E a nossa fininha meia.
Mostrando as nossas rendas
E a nossa fininha meia.

Eles » E nós os nossos calções
E os nossos pés delicados.
E nós os nossos calções
E os nossos pés delicados.
E os nossos corpos bem feitos
Por todos tão desejados.
E os nossos corpos bem feitos
Por todos tão desejados.


Elas » Vamos seguindo avante
Caminhos da nossa aldeia.
Vamos seguindo avante
Caminhos da nossa aldeia.
Mostrando as nossas rendas
E a nossa fininha meia.
Mostrando as nossas rendas
E a nossa fininha meia.

Eles » E nós os nossos calções
E os nossos pés delicados.
E nós os nossos calções
E os nossos pés delicados.
E os nossos corpos bem feitos
Por todos tão desejados.
E os nossos corpos bem feitos
Por todos tão desejados.



RAMALDEIRA 



Ele » Ó rapariga
Haja festa e reinação.

Côro » Ó rapariga
Haja festa e reinação.


Ele » Canta lá uma cantiga
Leve o diabo a paixão.

Côro » Canta lá uma cantiga
Leve o diabo a paixão.

Ela » Ao desafio
Gosto muito de cantar.

Côro » Ao desafio
Gosto muito de cantar.

Ela » E por isso aqui me tens
Manel p'ra te a ajudar.

Côro » E por isso aqui me tens
Manel p'ra te a ajudar.

Ele » Siga p'ra frente
Porque a festa é toda nossa.

Côro » Siga p'ra frente
Porque a festa é toda nossa.

Ele » Nunca lá hei-de faltar
Enquanto for vivo e possa.

Côro »Nunca lá hei-de faltar
Enquanto for vivo e possa.

Ela » Tu podes sempre
Vir comigo à romaria.

Côro » Tu podes sempre
Vir comigo à romaria.

Ela » P'ra mostrares pr'a toda a genta
A tua linda Maria.

Côro » P'ra mostrares pr'a toda a genta
A tua linda Maria.


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Outras cantigas  fazem parte do reportório, mas não se encontram gravadas:


REGADINHO


Água leva o regadinho
Água leva o regador
Enquanto rega e não rega
Vou falar ao meu amor (Bis)

Água leva o regadinho
Água leva e vai regar
Enquanto rega e não rega
Passa à frente e troca o par

Água leva o regadinho
Rega o cravo pelo pé
Enquanto rega e não rega
Vou falar ao meu José (Bis)

» Repetir 1º. e 2º. versos

Água leva o regadinho
Água leva e vai regar
A água do nosso rio
Vai correndo para o mar(Bis)

» Repetir 1º. E 2º. Versos


TOMA LARANJINHAS

Toma laranjinhas
Toma lá, toma lá
Toma laranjinhas
Que limão já não há.(Bis)

Limoeiro da calçada
Eu vou-te dar um abano
Ou tu dás limões ou limas
Ou laranjas todo o ano.

» Repetir 2 vezes o lº. Verso

Ele » Trago dentro do meu peito
Uma laranja partida
Para dar à cantadeira
Que anda de beiça caída.

» Repetir 2 vezes o 1º. Verso

Atirei o limão correndo
À tua porta parou
Se o limão te quer bem
Que fará quem to mandou.

» Repetir 2 vezes o 1º. Verso

Toma lá esta laranja
Retira-lhe o que tem dentro
Da tona faz um barquinho
Embarca o teu pensamento.

» Repetir 2 vezes o 1º. Verso


ESPADELADA

Ela » Cá na nossa espadelada
Tudo leva bom caminho
Só me falta o cantador
Que saiba bater o linho.

Ele» Aqui me tens cantadeira
Com a espadela na mão
Pronto a dar no teu cortiço
Até o linho cair no chão.

Ela» Boa tarde(noite) meus senhores
Vai começar o serviço
Já se vê que o cantador
Não tem espadela pr'a isso.

Ele» Fica-te lá cantadeira
Com esse teu linho fino
O que é pena ó o teu cortiço
Ser assim tão pequenino.

Ela» Meus senhores vamos embora
Vai acabar a espadelada
O cantador é manhoso
Já se não canta mais nada.

Ele» Adeus homens e mulheres
Desculpai-me aqui assim
Se ouvires dizer que eu morri
Vós pedi a Deus por mim.


SENHOR DO REI DA BARCA

Ele» Ó Senhor do Rei da Barca
Governe a sua barquinha
Tenha cuidado com ela
Que não embarre na minha

Ela» Ó Senhor do Rei da Barca
Eu também já fui barqueiro
Passa-me p'ró outro lado
Quem paga é o meu dinheiro

Ele» Ó Senhor do Rei da Barca
Tu leva-me por favor
Passa-me p'ró outro lado
Quero ver o meu amor.


VAI MARINHEIRO

Vai marinheiro, vai vai
Vai buscar a Laurindinha
Vai marinheiro, vai vai
Ela é tua, não é minha (Bis)

A roupa do marinheiro
Não é lavada no rio
É lavada no mar alto
À corrente do navio

» Repetir 1º. Verso

Eu ouvi cantar a sereia
Lá longe naquele mar
Tantos navios se perdem
Ao som daquele cantar

» Repetir duas vezes o 1º. Verso


LIRIA

O meu amor foi deixou-me
Na maior força de amar(bis)
Ainda me deixou a tempo
De novos amores tomar(bis)

Ó Líria que te enleaste
No mais alto arcipreste(bis)
Eu também me enlearia
Ó Líria se tu quisesses(bis)

Não te deites de joelhos
Que eu não sou nenhum altar(bis)
Eu não sou santo nem santa
Que me venhas adorar(bis)

Côro » Repetir o 2º. verso

O meu amor foi deixou-me
Coitadinho tenho pena(bis)
Foi amar uma branquinha
Deixou-me por ser morena(bis)

Côro » Repetir o 2º. verso

Minha maçã vermelhinha
Picada do rouxinol (bis)
Se tu não fosses picada
Eras linda como o sol (bis)

Côro » Repetir o 2º. verso

Côro » Repete mais uma vez o 2º.verso.


VIVA O VELHO

Viva o velho, morra o velho
Morra o velho, digo digo
Ou tu hás-de morrer velho
Ou eu t' hei-de enterrar vivo.

Eu hei-de casar com um velho
Que m' hei-de atacar de rir
Vou fazer a cama alta
Pr' ó velho não assubir.

Meninas amai o velho
Que o velho também vos ama
Lá por o velho ser velho
Vai de gatinhas p'ra cama.


SENHOR DO SERRA

Divino Senhor do Serra
Eu sou um pobre pedreiro
Fui que cortei o penedo
Ai p'ra vos fazer o cruzeiro. (Bis)

Meu divino Senhor do Serra
Tenho um filho serrador.
Foi que serrou a madeira
Ai para o Altar do Senhor.(Bis)

Hei-de ir ao Senhor do Serra
Ai ainda que me leve um mês
Só para ver os milagres
Ai que o Senhor do Serra fez.(Bis)

O Senhor do Serra é meu
Que o ganhei ao serão
Ainda espero ganhar
Ai o Senhor de Campanhão.(Bis)


O PEÃO

Eu perdi o meu lencinho
No terreiro a dançar,

Refrão:

Ó peão dançar
Ó peão bailar
Ó peão d'Aveiro
Ó peão d'Ovar.
Ora chuta a bola
Qu'ela vai ao ar.

Minha mãe não me dá outro
Em cabelo hei-de andar,

Refrão:

Ó peão dançar
Ó peão bailar
Ó peão d'Aveiro
Ó peão d'Ovar.
Ora chuta a bola
Qu'ela vai ao ar.

O meu amor é padeiro
Traz a cara enfarinhada,

Refrão:

Ó peão dançar
Ó peão bailar
Ó peão d'Aveiro
Ó peão d'Ovar.
Ora chuta a bola
Qu'ela vai ao ar.

Seus beijos sabem a pão
Não quero comer mais nada,

Refrão:

Ó peão dançar
Ó peão bailar
Ó peão d'Aveiro
Ó peão d'Ovar.
Ora chuta a bola
Qu'ela vai ao ar.

Aqui nesta linda terra
Toda a gente está contente,

Refrão:

Ó peão dançar
Ó peão bailar
Ó peão d'Aveiro
Ó peão d'Ovar.
Ora chuta a bola
Qu'ela vai ao ar.

Toda a gente bate palmas
Quando o grupo está presente,

Refrão:

Ó peão dançar
Ó peão bailar
Ó peão d'Aveiro
Ó peão d'Ovar.
Ora chuta a bola
Qu'ela vai ao ar.


REPIU-PIU

Repiu-piu, ora diga, diga diga
Repiu-piu, ora diga, diga já
Repiu-piu, ora diga, diga diga
Se a chaleira já tem chá.

Eu hei-de amar o luar
Deixar o escuro traidor
Hei-de amar quem eu quiser
De mim ninguém é senhor.

Repiu-piu, ora diga, diga diga
Repiu-piu, ora diga, diga já
Repiu-piu, ora diga, diga diga
Se a chaleira já tem chá.

Eu hei-de amar uma pedra
Deixar o teu coração
Uma pedra não se queixa
Queixas-te tu sem razão.

Repiu-piu, ora diga, diga diga
Repiu-piu, ora diga, diga já
Repiu-piu, ora diga, diga diga
Se a chaleira já tem chá.

O meu coração é um tanque
Cheio de água mete medo
Abre-te meu coração
Vai regar o arvoredo.

Repiu-piu, ora diga, diga diga
Repiu-piu, ora diga, diga já
Repiu-piu, ora diga, diga diga
Se a chaleira já tem chá.

Aqui tens meu coração
Se o quiseres matar tu podes
Se tu andares dentro dele
Se o matares também tu morres.

Repiu-piu, ora diga, diga diga
Repiu-piu, ora diga, diga já
Repiu-piu, ora diga, diga diga
Se a chaleira já tem chá.


DENTRO DA CESTA, FORA DA CESTA.

Ò meu amor quem te disse
Ai que eu a dormir suspirava.(bis)
Quem to disse não mentiu
Ai que eu por ti suspiros dava.(bis)

Refrão » Dentro da cesta, fora da cesta
Ai amor, vamos passear.(bis)
O vento empurra, o balão assobe
Ai nós vamos cair ao mar.(bis)

Ó meu amor d' algum dia
Ai tornemos ao tempo dantes (bis)
Seremos amantes firmes
Ai seremos firmes amantes.(bis)

Refrão » Dentro da cesta, fora da cesta
Ai amor, vamos passear.(bis)
O vento empurra, o balão assobe
Ai nós vamos cair ao mar.(bis)

Andas de cravo ao peito
Ai, é sinal de casamento (bis)
Deita-me esse cravo fora
Ai, que o casar ainda tem tempo.(bis)

Refrão » Dentro da cesta, fora da cesta
Ai amor, vamos passear.(bis)
O vento empurra, o balão assobe
Ai nós vamos cair ao mar.(bis)

Dizes que te vais casar
Ai, que te vais meter no p'rigo (bis)
Não tenhas pena de mim
Ai, o meu corpo é p'ro castigo.(bis)

Refrão » Dentro da cesta, fora da cesta
Ai amor, vamos passear.(bis)
O vento empurra, o balão assobe
Ai nós vamos cair ao mar.(bis)



SE EU FOSSE RATO

Ele» Se eu fosse rato, eu roía eu roía,
Se eu fosse rato eu roía a tua saia,


Côro» Se eu fosse rato, eu roía eu roía,
Se eu fosse rato eu roía a tua saia,

Ele» Sim coradinha, dá uma volta com jeitinho,
Sim coradinha, nós vamos os dois pr'a praia.


Côro» Sim coradinha, dá uma volta com jeitinho, 
Sim coradinha, nós vamos os dois pr'a praia.

Ela» Se eu fosse rato, eu roía eu roía,
Se eu fosse rato eu roía o teu chapéu,


Côro» Se eu fosse rato, eu roía eu roía,
Se eu fosse rato eu roía o teu chapéu,

Ela» Sim coradinha, dá uma volta com jeitinho,
Sim coradinha, nós vamos os dois pr'ó céu.


Côro» Sim coradinha, dá uma volta com jeitinho,
Sim coradinha, nós vamos os dois pr'ó céu.

Ele»Se eu fosse rato, eu roía eu roía,
Se eu fosse rato eu roía a tua blusa,


Côro» Se eu fosse rato, eu roía eu roía,
Se eu fosse rato eu roía a tua blusa,

Ele» Sim coradinha, dá uma volta com jeitinho,
Sim coradinha, é a moda que se usa.


Côro» Sim coradinha, dá uma volta com jeitinho,
Sim coradinha, é a moda que se usa.

Ela»Se eu fosse rato, eu roía eu roía,
Se eu fosse rato eu roía o teu colete,


Côro» Se eu fosse rato, eu roía eu roía,
Se eu fosse rato eu roía o teu colete,

Ela » Sim coradinha, dá uma volta com jeitinho,
Sim coradinha, vamos os dois no foguete.


Côro» Sim coradinha, dá uma volta com jeitinho,
Sim coradinha,  vamos os dois no foguete.


O MATA

Refrão » Mata que mata
Que já matei,
Rouba que rouba
Que já roubei.

Anda cá para os meus braços
Se a vida tu queres ter.

Refrão » Mata que mata
Que já matei,
Rouba que rouba
Que já roubei.

Os meus braços dão saúde
A quem está p'ra morrer.

Refrão » Mata que mata
Que já matei,
Rouba que rouba
Que já roubei.

Pensei que tinhas morrido
Ò rainha das flores.

Refrão » Mata que mata
Que já matei,
Rouba que rouba
Que já roubei.

Já te rezei pela alma
Já lá tens para quando fores.

Refrão » Mata que mata
Que já matei,
Rouba que rouba
Que já roubei.

Já morri, já te enterrei
Debaixo de dois terrões.

Refrão » Mata que mata
Que já matei,
Rouba que rouba
Que já roubei.

Já tornei a ressucitar
Com as tuas orações.

Refrão » Mata que mata
Que já matei,
Rouba que rouba
Que já roubei.

Bem sei que hei-de morrer
Eu tenho a morte certa.

Refrão » Mata que mata
Que já matei,
Rouba que rouba
Que já roubei.

Maria nesse teu peito
Tens a minha campa aberta.

Refrão » Mata que mata
Que já matei,
Rouba que rouba
Que já roubei.


FIM 


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